02/04/2021

Vinte e duas múmias reais transferidas do Museu do Cairo para o Museu Nacional da Civilização Egípcia

Por ordem cronológica, dezoito reis e quatro rainhas, cada um na sua carruagem, abandonarão o museu onde estão há mais de um século, o Museu do Cairo, e mudar-se-ão para uma nova casa, o Museu Nacional da Civilização Egípcia. Trata-se de um enorme edifício moderno construído nos últimos anos no sul do Cairo, que deverá abrir as portas em meados de Abril de 2021. O faraó Seqenenre Taa (século XVI a.C.) da 17.ª dinastia abre o desfile, que é encerrado por Ramsés IX (século III a.C.) da 20.ª dinastia, e o evento será acompanhado por apresentações musicais transmitidas em direto na televisão. Descobertas perto de Luxor (sul) a partir de 1881, a maioria das 22 múmias não deixou o museu egípcio situado na praça Tahrir, no centro do Cairo, desde o início do século XX. Desde os anos 1950 que estavam expostas ao lado umas das outras numa pequena sala, sem explicações museográficas claras. As múmias serão transportadas num embrulho contendo azoto, em condições semelhantes às que têm nas caixas de exposição, e as carruagens estão equipadas com mecanismos de absorção de choques. No novo museu ficarão em caixas mais modernas para um melhor controlo da temperatura e humidade. Serão apresentados ao lado dos seus sarcófagos, numa decoração que lembra os túmulos subterrâneos, acompanhados de uma biografia e em alguns dos casos dos seus scans.

O Grande Museu Egípcio, próximo das pirâmides de Gizé, deve ser inaugurado ainda no ano de 2021 e vai receber as coleções faraónicas do museu do Cairo, incluindo o célebre tesouro do rei Tutankhamon (século XIV a.C.).

A múmia de Seqenenre Taa abrirá o desfile que obedece a uma ordem cronológica.

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