29/02/2016

Clavis Bibliothecarum

Clavis Bibliothecarum - a chave das bibliotecas - pretende ser uma chave para entrar no mundo imenso das antigas bibliotecas de mosteiros, conventos e outras instituições religiosas de Portugal.
Resultado de um vasto trabalho de investigação, desenvolvido por Luana Giurgevich e Henrique Leitão entre os diversos fundos monásticos nacionais, constitui o mais completo levantamento de catálogos e inventários de bibliotecas de instituições religiosas. Abrangendo um amplo arco cronológico, entre os séculos X e XIX, recolhe e descreve meticulosamente cerca de um milhar de listas de livros e várias centenas de documentos inéditos, referentes ao funcionamento e vida das antigas livrarias eclesiásticas.
Para além da incontornável informação sobre as bibliotecas elencadas (estrutura, organização, espaços, colecções e possuidores), a obra reveste-se também de particular relevância para o conhecimento de outras áreas, nomeadamente, nos domínios da história do livro, da leitura, da cultura, da arte e das ideias. Instrumento de trabalho útil e eficaz, pretende abrir novos horizontes de investigação, até agora desconhecidos e inexplorados.
Catálogos e inventários de bibliotecas de instituições religiosas
Clavis Bibliothecarum

26/02/2016

O Filho de Saul. Um filme sobre o holocausto

O Filho de Saul, a primeira longa-metragem do realizador húngaro e judeu László Nemes, passa-se em Outubro de 1944 e mostra a história dos prisioneiros, essencialmente judeus, que eram destinados à sádica tarefa de “processar” os recém-chegados aos campos de extermínio: os Sonderkommando. Ficavam encarregados de dirigir as vítimas inocentes para as câmaras de gás, retirar-lhes rapidamente os objectos de valor e remover todas as provas materiais da sua morte antes de reduzirem os cadáveres a cinzas nos crematórios. O destino de cada Sonderkommando tinha um limite temporal de apenas alguns meses, até os nazis o executarem, de forma a eliminar as testemunhas das suas atrocidades. Uma nova remessa de escravos era rapidamente trazida para substituir a anterior equipa.
No filme de Nemes, um elemento de um Sonderkommando de nome Saul deseja enterrar com as devidas honras cerimoniais uma criança que pensa ter identificado como sendo o seu próprio filho. No meio de toda aquela loucura, como conseguirá ele manter a sua dignidade, a dignidade do seu filho, e de todos os outros que estão a ser assassinados? Pela cacofonia de alemão, húngaro e iídiche do campo, a câmara segue apenas a perspectiva de Saul, o resto pouco é focado. Nada é explicado, sugerindo o verdadeiro caos da situação do extermínio. Mas gradualmente o Sonderkommando começa a planear o que virá a revelar-se como uma fugaz revolta.
László Nemes já tinha lido sobre os chamados Rolos de Auschwitz, escritos pelos membros dos Sonderkommandos, esses prisioneiros que estavam isolados dos restantes e eram forçados a trabalhar nos crematórios e a apagar os vestígios do extermínio. Essas pessoas enquanto estavam presas observaram e tiraram notas das suas vidas do dia-a-dia e escreveram aquilo que era suposto ser um testemunho, não apenas da sua existência mas também, e ainda mais importante, do extermínio. Estas notas foram enterradas no chão e algumas delas foram encontradas após o fim da guerra. A memória do Holocausto é algo com que tem vivido desde a infância, e subitamente descobriu uma forma de expressar essa memória, fazendo um filme sobre isso.
O consultor histórico calculou que, de um total de 430 mil judeus húngaros que foram deportados em oito semanas, cem mil eram crianças de menos de 18 anos que foram enviadas para as câmaras de gás. E essas crianças nunca tiveram um funeral. É uma ferida em aberto, e consegue-se senti-la.
filme de Nemes
O Filho de Saul mostra a história dos prisioneiros, essencialmente judeus, que eram destinados à sádica tarefa de “processar” os recém-chegados aos campos de extermínio

03/02/2016

Visão História - República. Os 18 presidentes

Este número da VISÃO História descreve e analisa os mandatos de todos os Chefes de Estado republicanos. Com uma particularidade relevante: inclui textos, escritos expressamente, da autoria de um ex-Presidente (Jorge Sampaio evoca Teixeira Gomes), do atual presidente da Assembleia República (Ferro Rodrigues escreve sobre Sampaio), de destacados políticos (como Mota Amaral, ex-presidente da Assembleia da República, que lembra Manuel de Arriaga, ou Manuela Ferreira Leite, que pinta Cavaco Silva, ou, ainda, Ana Gomes, que recorda a ligação de Sampaio a Timor-Leste), ex-políticos (Diogo Freitas do Amaral, candidato às presidenciais de 1986, toma por tema Mário Soares) e militares de Abril (Otelo Saraiva de Carvalho faz o retrato de Spínola e Vasco Lourenço o de Costa Gomes). O constitucionalista Jorge Miranda, por seu lado, analisa a atuação de Ramalho Eanes.
Sumário
O PODER DOS PRESIDENTES
POR ANTÓNIO ARAÚJO
Desde a I República até ao atual regime democrático, passando pela ditadura, diferentes foram os atributos do Chefe de Estado e a forma de este exercer a sua magistratura
OS ANTECEDENTES DA REPÚBLICA
POR LUÍS ALMEIDA MARTINS
Quando o Ultimato catapultou a República para a vitória, a ideia já tinha percorrido cem anos
MANUEL DE ARRIAGA, UM IDEALISTA NA TORMENTA
POR JOÃO BOSCO MOTA AMARAL, EX-PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
A história do primeiro Presidente da República portuguesa sintetiza as atribulações com que o novo regime e o próprio País se deparou e se depara
TEÓFILO BRAGA, O RADICAL
POR RUI RAMOS
Homem de confiança de Afonso Costa, foi este o único dos dirigentes republicanos que não atacou
BERNARDINO MACHADO, O HOMEM DE TODOS OS RECORDES
POR FILIPE LUÍS
Foi o único a receber uma declaração de guerra, o único deposto por duas revoluções, o único exliado duas vezes e o único nascido no estrangeiro. Além disso, teve 18 filhos. É um Presidente para o Guinness
A VISITA DO FRONT
POR PEDRO VIEIRA
Quando foi à frente da I Guerra Mundial, Bernardino Machado foi insultado por um soldado
SIDÓNIO PAIS, O PRESIDENTE-REI
POR LUÍS ALMEIDA MARTINS
Assim lhe chamou Fernando Pessoa, quando em Portugal jã não havia reis e os presidentes não tinham glamour. A brevidade do seu duvidoso «reinado» concedeu-lhe uma espécie de perdão histórico
CANTO E CASTRO, O PARADOXO DE BELÉM
POR LUÍS ALMEIDA MARTINS
O Presidente da República pode ser monárquico? Sim, pode... Eis o exemplo acabado desse contrassenso
ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA, O GRANDE ORADOR
POR ANTÓNIO VENTURA
Tribuno que inflamava as audiências, granjeou prestígio mesmo em setores republicanos que apoiaram inicialmente a ditadura, o que explica que um monumento lhe tenha sido erguido já na década de 1930
MANUEL TEIXEIRA GOMES, IDEAIS SEMPRE VÁLIDOS
POR JORGE SAMPAIO
O Presidente cosmopolita e amante da paz visto pelo seu sucessor que lhe prestou homenagem há dez anos, na Argélia
MENDES CABEÇADAS E GOMES DA COSTA, UM PODER EFÉMERO
POR JOSÉ TAVARES CASTILHO
A Revolução Nacional durante décadas evocada pelo Estado Novo foi tudo menos um movimento homogéneo
ÓSCAR CARMONA, BENÉVOLO PARA COM SALAZAR
POR RICARDO SILVA
Foi este militar quem abriu caminho ao ditador e lhe cqaucionou a longa estadia de décadas na chefia do Governo
A PRIMEIRA VIAGEM ÀS COLÓNIAS
POR LUÍS PEDRO CABRAL
Carmona foi o primeiro Chefe de Estado a visitar oficialmente o Ultramar, em 1938
O ‘EFEITO DELGADO’
POR RITA ALMEIDA CARVALHO
Em 1959, o Presidente deixou de ser eleito por sufrágio direto. Ao colégio eleitoral de 1959 seguir-se-ia, em 1976, o sufrágio universal
CRAVEIRO LOPES, INCÓMODO PARA O REGIME
POR VÂNIA MAIA
Ocupou a Presidência num período político delicado e seria o prenúncio do furacão que estava para vir. Acabou perseguido pela PIDE
OS PRESIDENTES DE SALAZAR
POR ANTÓNIO COSTA PINTO
O modelo de relacionamento entre a Presidência da República e a presidência do Conselho foi uma questão sempre em aberto ao longo da vigência da ditadura
ISABEL II, A RAINHA DE TODAS AS VISITAS
POR VÂNIA MAIA
O desembarque de Isabel II no Cais das Colunas assinalava o início de uma viagem triunfal. Mas o sucesso da visita não seria suficiente para travar o mundo em mudança - ou assegurar Craveiro Lopes em Belém
AMÉRICO TOMÁS, GUARDIÃO DO SALAZARISMO
POR SUSANA MARTINS
Para muitos portugueses, ele é ainda o símbolo do Presidente «corta-fitas», mas a sua atuação política foi mais do que meramente decorativa
ANTÓNIO DE SPÍNOLA, O GENERAL E O PRINCÍPIO DE PETER
POR OTELO SARAIVA DE CARVALHO
Demitiu-se ao fim de cinco meses na Presidência, por incapacidade de compreender a situação pós-25 de Abril e de levar avante o seu projeto pessoal
FRANCISCO DA COSTA GOMES, O HOMEM CERTO
POR VASCO LOURENÇO
Superiormente inteligente e desconcertantemente simples, este grande chefe militar que odiava a guerra possibilitou que os capitães de Abril cumprissem as suas promessas
A PRIMEIRA CAMPANHA ELEITORAL EM LIBERDADE
POR EMÍLIA CAETANO
As principais forças políticas estavam de acordo, nas eleições de 1976, em que a democracia não era ainda suficientemente sólida para que Belém fosse entregue a um civil
ANTÓNIO RAMALHO EANES, O MILITAR-CIDADÃO
POR JORGE MIRANDA
Toda a ação do primeiro Presidente eleito por sufrágio universal se pautou pela defesa e institucionalização da legalidade democrática
MÁRIO SOARES, UM PRESIDENTE MODELAR
POR DIOGO FREITAS DO AMARAL
Quase todos os portugueses se identificaram politicamente com ele, num momento ou noutro
JORGE SAMPAIO, REFERÊNCIA DEMOCRÁTICA E DE ESQUERDA
POR EDUARDO FERRO RODRIGUES
A dissolução do Parlamento sem convocar eleições antecipadas marcou o mandato presidencial de um político cuja imagem é inteiramente compatível com a sua verdadeira natureza
TIMOR-LESTE, O PAPEL DE UM PRESIDENTE
POR ANA GOMES
Sampaio empenhou-se como cidadão na causa da independência do território e fê-la cumprir como Chefe de Estado
CAVACO SILVA, A HISTÓRIA JULGARÁ
POR MANUELA FERREIRA LEITE
Sendo ainda prematura fazer uma avaliação da sua atuação, o respeotio pelo quadro das competências do arjo foi um dos traços dominantes dos seus mandatos
HISTÓRIAS ESCONDIDAS DO PALÁCIO DE BELÉM
POR ALEXANDRA CORREIA
De um lado os casamentos, os batizados e os velórios. Do outro a política, osd jogos de poder e as conspirações...
O OUTRO PALÁCIO
A Cidadela, em Cascais, é a residência de verão do Presidente
SEGREDOS DO PROTOCOLO
POR PEDRO VIEIRA
Desde 1970 que os cerimoniais e as representações do Estado acompanham a carreira do embaixador Manuel Côrte-Real, que conhece esta matéria como poucos
AS PRIMEIRAS-DAMAS
POR ELSA SANTOS ALÍPIO
Uma viagem de mais de um século pela «outra metade» da Presidência da República
República os 18 presidentes
Visão História - janeiro 2016

Visão História - Os refugiados na Europa do século XX

A VISÃO História traz-nos à memória as imagens que temos visto com frequência desde o último verão. A situação é a mesma – pessoas em fuga, usando os trilhos dos caminhos de ferro como ‘caminho’ –, mas 70 anos separam as imagens de alemães da Polónia tentando chegar a Berlim e as dos sírios entrando a pé na Europa. A II Guerra Mundial provocou a maior catástrofe humanitária de sempre: 46 milhões de deslocados, entre 1939 e 1948. Portugal, recorda a historiadora Irene Flunser Pimentel, foi um país de salvação para milhares de judeus. Outra historiadora, Margarida Magalhães Ramalho, conta como os refugiados foram recebidos de braços abertos na Figueira da Foz, Ericeira e Curia, entre outros locais.
Com um tema tão antigo quanto a própria Humanidade, a VISÃO História centrou a atenção na Europa e no século XX, publicando um número que conta também com a colaboração do único português que foi secretário-geral adjunto da ONU, Victor Ângelo.
SUMÁRIO
Da Europa, com fervor Entre os séculos XVI e XVIII, muitos milhares de europeus perseguidos por delitos de consciência foram proscritos do seu continente. Instalados em terras distantes, construíram prolongamentos da Europa e universalizatam a cultura a que chamamos «ocidental». Por Luís Almeida Martins
Nós e as nossas migrações A Europa entrou no século XXI com uma ideia reduzida e distorcida dos fenómenos passados das migrações e dos refugiados. Perdeu, pois, o sentido da sua própria História. Por Victor Ângelo
Bóer sorte Os refugiados sul-africanos chegaram a Portugal em 1901. Vinham de uma guerra sangrenta, para um país desconhecido. Boa parte esteve mais de um ano nas Caldas da Rainha. Chegaram como internos, partiram como amigos. Por Luís Pedro Cabral
A outra trincheira Também as populações civis mais frágeis e desprotegidas combateram, embora desarmadas, na I Guerra Mundial - fugindo da boca dos canhões, muitas vezes sem bagagem, rumo a um futuro incerto. Por Luís Almeida Martins
Arménios, o primeiro genocídio A perseguição e o extermínio dde que foram alvo no império otomano cunhou um novo termo na ordem jurídica internacional. Cerca de 80% da população arménia da Turquia pereceu afogada, queimada ou em marchas forçadas no deserto. Por Paulo Chitas
O bilionário misterioso Rico, cosmopolita, amante de arte, Calouste Gulbenkian também foi refugiado - por duas vezes. Por Paulo Chitas
Fugidos da Rússia Milhões acossados pelo avanço do Exército Vermelho procuraram o estrangeiro, sobretudo a França. Por Paulo Chitas
Catástrofe na Ásia Menor Os gregos «levantinos» partiram para a Grécia e os turcos da Trácia para a Anatólia. A Convenção de Lausanne, no termo da I Guerra Greco-Turca (1919-22), originou uma das mais impressionantes trocas de populações do século XX. Por Pedro Caldeira Rodrigues
Um êxodo português através dos Pirinéus No final da Guerra Civil de Espanha, refugiados portugueses atravessaram os Pirinéus para a França, onde foram instalados em campos de concentração. É uma odisseia quase esquecida. Por Francisco Galope
A maior de todas as crises Nada menos do que 46 milhões de refugiados europeus foram registados entre 1939 e 1948, em consequência da II Guerra Mundial e do início da Guerra Fria que se lhe seguiu. Por Ricardo Silva
Portugal, um país de salvação Entre 60 a 80 mil refugiados terão passado por Portugal durante a II Guerra Mundial. O regime impediu-os de se fixarem, mas, ironicamente, beneficiou da imagem criada pela passagem de vistos por Aristides de Sousa Mendes contra as ordens do ditador. Por Irene Flunser Pimentel
Um “paraíso” chamado Figueira da Foz A grande estação balnear do centro de País acolheu pelo menos 800 refugiados em 1940. E nunca voltou a ser como antes. Por Margarida Magalhães Ramalho
Os “indesejados” na Ericeira A vila piscatória acolheu estrangeiros que tinham passado pelas cadeias portuguesas, nomeadamente pelo Aljube. Por Margarida Magalhães Ramalho
Paragem na Curia Futuras vedetas de Hollywood, maestros, pianistas e um engenheiro eletrotécnico expedito fizeram parte da paisagem humana das termas. Por Margarida Magalhães Ramalho
Obrigado, Portugal O cineasta Georges Rony cruzou a fronteira de Vilar Formoso em junho de 1940, acabando por ir parar a uma pequena aldeia do concelho de Loures, onde ficou a viver com a família. Eis a sua experiência única, em discurso direto
Caldas cosmopolita Para largas centenas de refugiados judeus, a cidade foi um paraíso em tempos de guerra. A vida mudou, e as mentalidades também. Por Luís Pedro Cabral
Encontrar refúgio no pós-guerra Fini tinha 8 anos quando veio passar uma temporada a Portugasl, onde deixou três quartos do coração. Como ela foram quase 6 mil as crianças austríacas acolhidas em casa de famílias portuguesas entre 1947 e 1954. Por Rosa Ruela
ONU, um mundo de esperança Portugal penou dez anos até ser admitido na Organização das Nações Unidas, em 14 de dezembro de 1955. Por Pedro Vieira
O campo de refugiados mais antigo do mundo Oitenta por cento dos habitantes da Faixa de Gaza são palestinianos de territórios hoje controlados por Israel. Em 1948 chegaram a Jabalia crianças que hoje já têm bisnetos. É a zona mais densamente povoada do planeta e um terreno fértil para o ódio. Por Patrícia Fonseca
O êxodo húngaro para o Ocidente Em 1956 e 1957, na sequência da grande revolta iniciada pelos estudantes de Busdapeste e que culminou na sangrenta intervenção das tropas soviéticas, muitos milhares de húngaros exilaram-se para fugir à repressão. Por Ricardo Silva
Do Faial para os EUA Ao receberem o estatuto de refugiados, os açorianos afetados pelas erupções do vulcão dos Capelinhos de 1957 e 1958 fizeram alterar a legislação norte-americana. Por Francisco Miguel Nogueira
A tragédia dos “pieds-noirs” A descolonização da Argélia pela França, em 1962, após uma guerra prolongada e mortífera, teve como consequência uma vaga de 'retornados' desenraízados como não havia memória. Por Ricardo Silva
O adeus às armas Durante o Estado Novo, as perseguições políticas e a Guerra Colonial criaram uma enorme vaga de exilados políticos. Por Cláudia Lobo
Retornados, não - deslocados ou refugiados Institucionalemente classificados de «retornados», os portugueses que deixaram as colónias africanas entre 1974 e 1977 sempre rejeitaram o rótulo. Por Alexandra Marques
A epopeia do rapaz com quatro nomes À boleia da ponte aérea iniciada para resgatar 23 militares portugueses aprisionados por forças pró-indonésias, José Amaral chegou a Lisboa aos 12 anos, com apelido e pais adotivos arranjados à pressa. Começou aqui uma segunda vida, como milhares de timorenses refugiados do genocídio perpetrado pelas tropas invasoras do ditador indonésio Suharto. Por J. Plácido Júnior
O fim da Jugoslávia No início da década de 1990 a Europa assistiu a regresso da guerra, com a desintegração da Jugoslávia federal. As consequências deste conflito «interétnico» foram particularmente penosas para as populações civis, com o seu desfile de milhões de refugiados e deslocados. Por Pedro Caldeira Rodrigues
Ali Mustafa Alkhamis: ‘A Europa é a nossa única hipótese’ A odisseia de um refugiado sírio recordada na primeira pessoa. Testemunho recolhido por Rosa Ruela

Refugiados na Europa século XX
Visão História dezembro de 2015