Os arqueólogos tinham percebido logo no início dos trabalhos que estavam perante uma estrutura romana, mas a finalidade do edifício não foi compreendida de imediato. Nas grossas paredes, havia pequenas reentrâncias que começaram por intrigar os especialistas. Na verdade, eram estantes para pergaminhos. São características típicas de bibliotecas da época, semelhantes às que podem ser vistas na famosa Biblioteca de Celso, na Turquia, construída no ano 117. A localização central na cidade, o seu tamanho e o uso de materiais resistentes indicia que seria uma biblioteca pública.
A estrutura data de meados do século II. Talvez existam muitas cidades romanas com bibliotecas, mas que não chegaram a ser descobertas. Se só tivessem encontrado os alicerces, não seria possível identificar a biblioteca. Essa identificação foi possível porque a estrutura tinha paredes com estantes. A descoberta arqueológica não impedirá a construção da igreja protestante — a estrutura romana será mantida e poderá ser visitada pelo público no piso térreo do novo templo.
Colónia, nas margens do Reno, foi fundada pelos romanos no ano 50, conquistando o estatuto de colónia, concedido pelo Imperador Cláudio, décadas depois de ter começado por ser um pequeno posto avançado militar. Foi inicialmente baptizada como Colonia Claudia Ara Agrippinensium, em homenagem à mulher do imperador, Agripina, ali nascida. A biblioteca agora descoberta terá sido construída na mesma altura.
A presença romana em Colónia deixou um legado considerável: só no Museu Romano-Germânico da cidade há mais de dez milhões de objectos ali encontrados pelos arqueólogos.
Vista aérea da Biblioteca Romana de Colónia (século II). |
Biblioteca Romana de Colónia (século II). |
Biblioteca Romana de Colónia (século II). |
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