04/07/2019

Património megalítico do Alentejo abandonado

A acção do homem ou a ausência dela aceleram a degradação dos mais importantes vestígios pré-históricos da Península Ibérica que resistiram milhares de anos praticamente intactos. Concentrados em grande número no distrito de Évora há muito que deixaram de merecer a atenção da administração central. O «esquecimento» tem alimentado os alertas e os protestos das populações e dos autarcas locais, ao longo de décadas, contra a degradação do importante património megalítico da região.
Podemos salientar o monumento megalítico «Cromeleque dos Almendres», onde está o maior conjunto de dolmens e menires da Península Ibérica e um dos mais importantes da Europa.
No total são 98 megalitos com uma altura entre 1 e 2 metros, que desenham uma figura oval orientado de Este para Oeste. O monumento tem 80 metros de comprimento por 40 de largura. O cromeleque localiza-se próximo ao topo de uma encosta suave, voltada a leste, num monte de 413 metros de altitude, a cerca de 12 km a oeste da cidade de Évora. O conjunto foi descoberto em 1964 pelo investigador Henrique Leonor Pina, durante os trabalhos de mapeamento para a Carta Geológica de Portugal. Naquela altura foi realizada a limpeza da vegetação que ocupava o sítio e foram descobertos algumas peças de cerâmica e um machado de pedra polida.
Nas últimas décadas foram realizadas várias campanhas arqueológicas no local e grande parte dos monólitos, que se encontravam caídos, foram recolocados nas posições originais durante os trabalhos de recuperação.
No entanto, nos últimos anos nada se tem feito para preservar e proteger este património.
Almendres
Cromeleque dos Almendres

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