Em 1848 Patrick B. Russel descobriu vestígios de
um edifício romano com mosaicos no lugar do Arneiro (Maceira-Lis), um dos quais representava Orfeu
tocando lira e que segundo algumas opiniões poderia fazer parte de uma basílica paleocristã. Escavações levadas a cabo a partir de 1948, pelo arqueólogo Vergílio de
Sousa, puseram a descoberto 4 novos mosaicos datados dos séculos II-IV,
bem como muros, cerâmicas de construção e doméstica, fíbulas, várias
moedas do século I ao século IV. As inscrições que foram descobertas na
Igreja Matriz da Maceira e construções adjacentes provêm daqui com quase
toda a certeza. Há ainda notícia de se ter encontrado uma escadaria em
Anfiteatro que foi destruída, bem como restos de canalizações.
Villa
romana do lugar do Arneiro situada em zona de encosta e vale, sem destaque marcado na
topografia envolvente. Entre diversos materiais de tipologia romana
encontrados no local, o achado mais significativo é constituído por um
conjunto de mosaicos em opus tessellatum e opus vermicullatum,
atualmente destruídos à excepção de dois. Um desses conserva-se
parcialmente in situ. O outro, encontra-se no Museu Britânico, em
Londres, é o mais importante, uma vez que desenvolve uma temática
figurativa da fábula de Orfeu. No local foram ainda identificados
vestígios de actividades metalúrgicas, nomeadamente através da
identificação de escórias com essa origem.
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