O Museu Regional de Arqueologia
D. Diogo de Sousa, em Braga, vai receber as 200
peças de um conjunto arqueológico que se estende por cerca de mil anos,
desde o período arcaico da Grécia Antiga até à fase tardia do Império
Romano, recolhido pelo casal alemão Buehler-Brockhaus, radicado em
Portugal desde 2006. O material doado destina-se a uma exposição que vai
ser inaugurada no Outono. Estes artefactos foram coleccionados por Marion
Buehler-Brockhaus e Hans-Peter Buehler desde o princípio dos anos 60,
nas excursões pelo território mediterrânico, desde o que hoje
corresponde à Turquia até Portugal. Uma ala da sala exibe recipientes gregos de cerca de 700 a.C: uns em
vidro azul-esverdeado, recolhidos nos solos calcários da Apúlia e da
Campânia, no sul de Itália, outros em cerâmica, figurados e encontrados
em túmulos, pelo que estariam relacionados a significados mais sagrados no âmbito da mitologia
grega. Pelo resto da sala veêm-se algumas esculturas sem cabeça ligadas
ao Império Romano, do século I e II d.C., incluindo uma figura feminina
num trono, em mármore, recolhida na Turquia, e, numa parede, um mosaico
do século III e IV d.C., oriundo do Norte de África. O casal Marion
Buehler-Brockhaus e Hans-Peter Buehler estudaram história
da arte e arqueologia na Alemanha e
ainda mantém viva a paixão pela arqueologia, alimentada pelas
escavações e pelas visitas aos museus arqueológicos em cidades como Nova
Iorque, Paris e Madrid. O espólio do casal Buehler-Brockhaus – que inclui ainda,
por exemplo, a cabeça em mármore do imperador Trajano, que governou de
98 d.C. a 117 d.C. – contrasta com a cultura atlântica do noroeste
peninsular, expressa nas cerca de duas mil peças da colecção permanente
do museu.
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cabeça em mármore do imperador Trajano, que governou de
98 d.C. a 117 d.C.. |
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Torso de militar romani. |
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Escultura de uma figura togada. |
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