Está a decorrer um projeto da Universidade de Coimbra e do Instituto Superior Técnico para analisar o ADN extraído das ossadas de António Ataíde e do seu pai Álvaro Ataíde, dois homens que viveram nos séculos XV e XVI e que são familiares do corsário Pedro Ataíde, fidalgo que teria adotado o nome de Cristóvão Colon
Luís Filipe F. R. Thomaz publicou um artigo intitulado «Cristóvão Colón: português, natural de Cuba,
agente secreto de D. João II?», na revista anais de história de além‑mar (XVI-2015, pp. 483-542). No resumo deste artigo, que defende a hipótese genovesa da origem do navegador, podemos ler: «Recentemente tem sido muito propalada a ideia de que Cristóvão Colombo teria sido português, natural da vila de Cuba, e agente secreto de D. João II, aduzindo como prova sobretudo a toponímia das terras que descobriu. Na realidade, os topónimos que lhe têm sido atribuídos ou não são da sua autoria ou se justificam por razões que as fontes coevas nos explicam. Tampouco há razão para preferir o apelido Colón a Colombo, visto a documentação provar claramente que, sucessivamente, usou ambos. Quanto aos serviços a D. João II, prestou‑lhe o pior que se poderia imaginar: desviar para o Atlântico, onde entravam facilmente em choque com os interesses portugueses as atenções de uma Espanha unificada voltada para o interior da Península, para o Magrebe e para o Mediterrâneo.» Esta tese foi rebatida por Fernando Branco, no artigo publicado no Expresso «Discussão do artigo 'Cristóvão Colón: português, natural de Cuba, agente secreto de D. João II?' de Luís Filipe F. R. Thomaz» (03/06/2017).
Muitos outros artigos e livros têm sido publicados sobre esta polémica.
Um mistério da História que se encontra por desvendar, mas que pode brevemente incluir novos dados com as conclusões do projeto que está em curso na Universidade de Coimbra.
Provável retrato de Colombo por Sebastiano del Piombo (1519). |
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