Presidiram a esta iniciativa a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Torres Novas, Dr.ª Elvira Sequeira e o Diretor do Agrupamento, professor Acácio Neto.
Os alunos da turma F do 10.º ano do Curso Profissional de Multimédia, da Escola Secundária Artur Gonçalves, orientados pela professora Sílvia Filipe, apresentaram uma animação multimédia com base nos textos e imagens do livro.
Carlos Rodarte Veloso, docente da unidade departamental de Arqueologia, Conservação e Restauro e Património do Instituto Politécnico de Tomar apresentou o livro. Salientou que esta obra, O Museu de Imagens na Imprensa do Romantismo, ilustra o momento em que a imprensa de cariz científico, literário e artístico de meados do século XIX procura sensibilizar a população para o nosso património artístico, através da publicação de imagens e textos sobre monumentos e outras obras de arte nacionais. Esse é o momento em que as ideias liberais procuram educar o povo no amor pela arte, ao mesmo tempo em que se estabelecem critérios estilísticos para a sua classificação e se defendem princípios de conservação e restauro até aí inexistentes.
O autor do livro, na intervenção que encerrou esta sessão, agradeceu o empenhamento de um conjunto de alunos e colegas que tornaram possível esta atividade. Referiu que na investigação que deu origem a este livro se cruzaram várias linhas temáticas relacionadas com a cultura portuguesa do século XIX: a história da imprensa, da gravura em madeira, da noção de património e dos primeiros estudos científicos na área da historiografia da arte com a definição de uma terminologia específica e de conceitos estilísticos. O interessante no projeto destes jornais ilustrados radica no objetivo iluminista de democratizar a instrução no período do triunfo da monarquia constitucional e em que se pretende construir o cidadão que vem substituir o súbdito do período absolutista. A multiplicação visual dos monumentos e objetos artísticos nas páginas destes jornais pretendia ilustrar textos que apresentam diferentes níveis de profundidade científica e apoiam o leitor no conhecimento desse património, apesar de também condicionarem a sua leitura de acordo com uma perspetiva ideológica e cultural definida no contexto do romantismo português.
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