Pinturas rupestres da Gruta de Altamira |
19/01/2014
Grutas de Altamira vão voltar a receber visitas
A decisão foi anunciada pela administração deste bem classificado Património Mundial da Humanidade (1985), e que conserva um dos mais importantes acervos de pinturas rupestres da Pré-História. Mas a reabertura vai ter um carácter experimental, e vai ser condicionada por rigorosas medidas de segurança. O objectivo é avaliar o impacto da presença humana na integridade das pinturas que remontam ao Paleolítico Superior. A partir do próximo mês de Fevereiro e, em princípio, até Agosto, o Museu Nacional e Centro de Investigação de Altamira vai organizar um ciclo de visitas, abertas a cinco pessoas (mais um guia) de cada vez, uma vez por semana. Ao todo, serão 192 os contemplados com esta oportunidade rara de admirar ao vivo este património, que continua a ser a principal atracção turística de Santillana del Mar, na Cantábria – mesmo se os visitantes têm actualmente apenas ao seu dispor uma réplica do conjunto rupestre na chamada Caverna Nova de Altamira. A escolha dos felizes contemplados será feita de forma aleatória. E as visitas, que não poderão durar muito mais que meia hora, serão sujeitas a um rigoroso protocolo: os visitantes serão obrigados a usar um impermeável, gorro, luvas, máscara e calçado, tudo disponibilizado pelo museu. No final, em simultâneo com um registo documental dos serviços do museu, os serão também convidados a preencher um formulário. O objectivo do museu é medir o impacto das visitas e da presença humana na temperatura do ar e da rocha, a humidade, a contaminação microbiológica e os níveis de CO2, entre outros indicadores. No final deste ciclo experimental de visitas, os responsáveis avaliarão o que fazer a seguir. E como resolver o conflito entre quem, como o Conselho Superior de Investigação Científica, desaconselha fortemente a reabertura das grutas ao público, e os responsáveis políticos e do turismo da Cantábria, que vêm defendendo que as Grutas de Altamira são um activo turístico, cultural e económico que a região não pode desperdiçar mantendo-as fechadas a visitas.
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