De origem humilde, a base de sua educação foi o estudo de filosofia. Cresceu em meio às guerras civis que assolaram a Itália antes e depois da morte de Júlio César, e que se encerraram com a vitória de Octávio. Estabeleceu-se em Roma no ano de 30 a.C. e adquiriu grande prestígio junto Imperador, sendo nomeado preceptor do jovem Cláudio. Faleceu em Pádua no ano de 17.
Tito Lívio escreveu primeiro algumas obras filosóficas, todas elas perdidas. Nos últimos quarenta anos de sua vida dedicou-se à narrativa da História de Roma, desde a sua fundação até o ano de 9 d.C. Essa obra, denominada Ab Urbe condita, é composta por 142 livros, dos quais apenas se conhecem 35. Foi uma realização impressionante em tamanho e abrangência, tornando-se posteriormente um clássico e influenciando a historiografia produzida até o século XVIII — grandes influências foram sentidas em Nicolau Maquiavel, Alexis de Tocqueville e Montesquieu. Para escrever sua obra, Tito Lívio recorreu a diversos textos escritos por historiadores anteriores, dos quais a maioria dos textos sobreviveu apenas em pequenos fragmentos. Contudo, em boa parte da quarta e quinta década de Tito Lívio (ou, seja, dos livros 30 até 45) podemos ver a utilização direta da obra do grego Políbio como fonte, o que nos permite fazer hoje comparações metodológicas importantes a respeito da forma de se escrever história no mundo antigo.
A obra está concebida sobre secções cronológicas marcadas pelos eventos mais importantes de cada ano, tais como a eleição de cônsules, que são usados como pontos de referência e datação. Uma epítome, ou resumo de todos os livros, foi compilada no Baixo Império e é conhecida como Periochae. Sua importância para o estudo de Tito Lívio é fundamental, pois nos permite obter alguma informação sobre o conteúdo dos livros perdidos. Muitos autores romanos usaram a obra de Lívio como fonte.
Tito Lívio em representação do século XX |
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