O grupo extremista publicou as fotografias de dois mausoléus destruídos com explosões: tratam-se dos locais de enterro de Mohammad Bin Ali, companheiro do primeiro imã xiita, e do clérigo sufi Nizar Abu Bahaaeddine. Os dois santuários, considerados apóstatas pelos extremistas islâmicos sunitas, são os primeiros monumentos destruídos na cidade desde a sua ocupação pelo Estado Islâmico. Até ao momento, os extremistas destruíram apenas lápides recentes no cemitério municipal de Palmira, argumentando que estas sepulturas não devem ser visíveis.
As fotografias mostram combatentes do Estado Islâmico a caminho dos santuários com barris de explosivos e, depois, os próprios locais detonados. O túmulo de Bin Ali estava localizado a cerca de quatro quilómetros da cidade antiga de Palmira, mas o local de enterro de Abu Bahaaeddine, que teria mais de 500 anos, estava a poucas centenas de metros dos grandes monumentos da cidade.
Quando conquistaram a cidade às forças de Assad em Maio, os jihadistas anunciaram que não iriam destruir os monumentos milenares da cidade velha, como as imponentes colunas romanas e o templo de Bel, os grandes símbolos arquitectónicos de Palmira. Os extremistas disseram então que seriam destruídas as estátuas dos “ídolos que os infiéis adoram” e nada mais.
A destruição destes dois santuários até poderia confirmar esta promessa, não fosse os jihadistas terem plantado “numerosas” minas na cidade antiga de Palmira. A informação foi confirmada pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitoriza o conflito a partir de Londres.
Não é certo, porém, se os jihadistas o fizeram para destruir os monumentos da cidade ou para travar uma possível contra-ofensiva do exército sírio, que se continua a mobilizar a poucos quilómetros da cidade.
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